domingo, 4 de janeiro de 2015

Sentada na varanda

Subordinado verso meu entre tuas sibilações
Está nascendo mais uma já sinto as contrações
Contratações por temporada em um recorte epocal
Pra minha sorte o vento forte leva as mágoas do varal

São bens que vem para o mal
"Vá pro inferno com seu amor"
É que eu só lembro os sons da Gal

O que você me pediu,
Um dia o mundo exigiu
Até alonguei meu pavio,
Mas por demora da Senhora
Meu peito explodiu

Sentada na varanda vê casulos
Daniel pulando muros

Sentada na varanda escuta Perfeição
Sem saber se o horizonte é começo ou conclusão

Sentada na varanda o vento a convida para um voo
Para um passeio em meus ares a esperar-te estou

Sentada na varanda roupas que cheiram à lavanda são seu pano de fundo
A minha Viação encosta, sei que você gosta se te levo pro meu mundo

Sussurro o número do teu bilhete de embarque
Pra que você arque com os teus prejuízos
Remarque teus juízos

Leve na bagagem líbido e coragem
Em meu Mar te banharei não hei de ver a margem
Te direi entre as mais belas, pétalas e folhagens
Entre depressões e serras o amor não foi miragem

Livre um palmo e meio
Não usarei o freio
O prazer é todo nosso
E o ócio é alheio

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