quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Meta batida, cara quebrada

Cheguei em Dezembro com a meta de Janeiro batida
Planejei nossa vida no verso do verso do verso do verso
Te escrevi uma mensagem e apaguei sem mandar
Mas quem sabe a coragem um dia vem me visitar

Ai eu viro esse copo e bebo sem medo
Ai eu piro e te conto o segredo que hoje é secreto e sagrado
Meu lado é teu lado, meu mar quer teu barco
Meu fardo quer ter seu motivo e se vivo, volto se me liga

É frio na barriga, bochechas ardendo
Menina, você está me devendo
Cheguei em Dezembro com a meta de Janeiro batida
Eu errei, assumo! Hoje durmo sabendo que planejei nossa vida

Sofia, querida, queria tua vida escrita com a minha
A linha que liga é aliança e figa
Criança é viga, meu teto é de vidro
Que frio na barriga, bochecha ardida

Calma,

Nem terminei e essa já é minha preferida
Redigida com saudade na vaidade do lado errado da folha
Do lado que nem existe de verdade, eu fiz escolha errada

Pra que as certas fossem descartadas
Você vale ouro, eu não valho nada
Bati a meta de Janeiro e quebrei a cara