Pro vício dos dados
sou fornecedor
forneci a dor
Financiador de descaso
finda o prazo
sobem juros
Até deu um caldo
então quem trouxe prato raso
vai passar apuros
Lançamentos futuros
pra atacantes pesados
Que até suam a camisa
mais ainda jogam parados
Pardos por nomenclatura
a essa altura um gol é
garantia de mistura
segunda-feira, 28 de julho de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Se mentes...
Nada contra a planta que inspira você
Mas no papel que tu queima,
eu prefiro escrever
Pra fazer umas mentes,
ou então pra desfazer...
Mas no papel que tu queima,
eu prefiro escrever
Pra fazer umas mentes,
ou então pra desfazer...
Superfície de silicato
Lua de dia
não inspira poesia
Talvez ela só apareça
para se certificar
da lealdade dos
que na madrugada
a juraram amar...
não inspira poesia
Talvez ela só apareça
para se certificar
da lealdade dos
que na madrugada
a juraram amar...
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Alpinista de Ladeira
Ele não queria usar crachá
era diferente
preferia contar
do que deixar aparente
Era vivente
Ciente que tudo há-de passar
Fez entender
Que o tempo não vai matar
Quem não deixar o tempo morrer
Não queria usar crachá
pois tem identidade
Sabe que é de verdade
E que na realidade
tudo há-de se diluir
Fez-se rocha pra correnteza não o carregar
Fez-se água-mole e bateu até ver a rocha chorar
Secou mares
Inundou olhares pelos seus
Foi Cruzada ao ver ateus
implorarem pelo amor de Deus
Foi o bêbado e o equilibrista
... Não capotou...
Captou o que a TV não veicula
Viu Dom Pedro borrado gritando em cima da mula
[Pausa dramática]
Não tem ego de balão
que estoura se envaidece
Tem terra e na sua terra
Tudo que planta, cresce
Lá floresce e apodrece com naturalidade
O que é normal pra quem sempre buscou contato de verdade
Sua idade não mentiu
Sua existência existiu
Não se pergunta
"Porquê eu?"
Por que a vida o respondeu,
quando não o respondeu
[Pausa dramática]
Morou em becos
Sobreviveu com sobras da cidade
Fez das batidas do seu coração
Ecos de eternidade
Criou os filhos da música
livres para crescer
Botou Catira e Jongo
no mainstream da MPB
Tocou Raul pra lua em noites de fino trato
Tocou Cazuza na borda de piscinas cheias de ratos
Foi ouvinte de monólogos de surdos em serenata
E viu sapos na garganta
se enforcarem
em nós de gravata...
era diferente
preferia contar
do que deixar aparente
Era vivente
Ciente que tudo há-de passar
Fez entender
Que o tempo não vai matar
Quem não deixar o tempo morrer
Não queria usar crachá
pois tem identidade
Sabe que é de verdade
E que na realidade
tudo há-de se diluir
Fez-se rocha pra correnteza não o carregar
Fez-se água-mole e bateu até ver a rocha chorar
Secou mares
Inundou olhares pelos seus
Foi Cruzada ao ver ateus
implorarem pelo amor de Deus
Foi o bêbado e o equilibrista
... Não capotou...
Captou o que a TV não veicula
Viu Dom Pedro borrado gritando em cima da mula
[Pausa dramática]
Não tem ego de balão
que estoura se envaidece
Tem terra e na sua terra
Tudo que planta, cresce
Lá floresce e apodrece com naturalidade
O que é normal pra quem sempre buscou contato de verdade
Sua idade não mentiu
Sua existência existiu
Não se pergunta
"Porquê eu?"
Por que a vida o respondeu,
quando não o respondeu
[Pausa dramática]
Morou em becos
Sobreviveu com sobras da cidade
Fez das batidas do seu coração
Ecos de eternidade
Criou os filhos da música
livres para crescer
Botou Catira e Jongo
no mainstream da MPB
Tocou Raul pra lua em noites de fino trato
Tocou Cazuza na borda de piscinas cheias de ratos
Foi ouvinte de monólogos de surdos em serenata
E viu sapos na garganta
se enforcarem
em nós de gravata...
Não atazana
Viro pro canto e tento
Vira tormento
E eu que sempre fui rabugento
Fico dócil,
Entenda
"Ócio Criativo"
É pro mercado
Eu sou de feira
paciência
E ainda sexta
por preferência
Vira tormento
E eu que sempre fui rabugento
Fico dócil,
Entenda
"Ócio Criativo"
É pro mercado
Eu sou de feira
paciência
E ainda sexta
por preferência
Sobre saudade... A minha
Ela ainda habita
Cada palavra escrita
e pensada
Cada palavra é cada
Saudade é todas...
Cada palavra escrita
e pensada
Cada palavra é cada
Saudade é todas...
terça-feira, 15 de julho de 2014
Sobre eles...
Ele tem meia dúzia de poesias
Ela tem um helicóptero inteiro
Ele dificilmente toca o chão,
flutua em poesias...
Ela tem um plano de vôo
Ele tem um plano
cheio de aclives e declives,
cheio de curvas
O plano dele, é ela
Ela é tempo integral em todos os lugares
Ele é meio período em lugar nenhum
Ela é Hot
Ele se esforça pra não ser Dog
Ela o tem quando quiser
Ele não a tem,
nem se quisesse
Ela é madura
Ele é palmeirense,
verde
Outros casais escutam "Eduardo e Mônica"
Eles não, eles reescrevem Eduardo e Mônica,
com tinta numa pena, seus nomes no título, dados e lingerie...
E depois de disso...
AH! Depois disso...
Ela é pirata, sonhando em tê-lo, pra sempre
como seu, só seu,
tesouro...
Ela tem um helicóptero inteiro
Ele dificilmente toca o chão,
flutua em poesias...
Ela tem um plano de vôo
Ele tem um plano
cheio de aclives e declives,
cheio de curvas
O plano dele, é ela
Ela é tempo integral em todos os lugares
Ele é meio período em lugar nenhum
Ela é Hot
Ele se esforça pra não ser Dog
Ela o tem quando quiser
Ele não a tem,
nem se quisesse
Ela é madura
Ele é palmeirense,
verde
Outros casais escutam "Eduardo e Mônica"
Eles não, eles reescrevem Eduardo e Mônica,
com tinta numa pena, seus nomes no título, dados e lingerie...
E depois de disso...
AH! Depois disso...
Ela é pirata, sonhando em tê-lo, pra sempre
como seu, só seu,
tesouro...
Ainda que só em poesias...
Em poesias ainda te faço, ainda te tenho
ainda que só em poesias,
mantenho
minha chama acesa
Ai de mim se perdoar,
mereço sofrer
Então afaga, alaga minha pupila
Honra meu filo, com sua fala
pra ser seu furei a fila...
...perdi a vez...
Mas sou calmo
Ela é Camomila
E juntos seremos reis...
ainda que só em poesias,
mantenho
minha chama acesa
Ai de mim se perdoar,
mereço sofrer
Então afaga, alaga minha pupila
Honra meu filo, com sua fala
pra ser seu furei a fila...
...perdi a vez...
Mas sou calmo
Ela é Camomila
E juntos seremos reis...
Se sou, seremos...
Sou livre
me deixe
e não se queixe
se eu te deixar
Se eu me queixar
me beije
Se eu lhe beijar
me feixe... Em seu mundo, mas linda lá no fundo...
É na sua certeza que me confundo...
E viro meu mundo
de ponta-cabeça-pra-baixo
É confuso mas acho legal
me deixe
e não se queixe
se eu te deixar
Se eu me queixar
me beije
Se eu lhe beijar
me feixe... Em seu mundo, mas linda lá no fundo...
É na sua certeza que me confundo...
E viro meu mundo
de ponta-cabeça-pra-baixo
É confuso mas acho legal
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