quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Sertralina


Sorim apresenta:
Faixa: Sertralina
Beat: Nando Kalim
Captação: P. Barros
Vídeo: Gabriel Nattis
Foto:Thais Costa
                                   2018

Download do Vídeo (MP4)
http://www.mediafire.com/file/gca8g0jm0wr6e1g/Sertralina.mp4/file

Download do Som (MP3)
http://www.mediafire.com/file/jahpci8o5p451za/Sertralina.mp3/file

LETRA:

É que hoje a voz da minha cabeça calou meu grito
Eu me senti esquisito como sempre me senti
Sorri sozinho escrevendo versos no infinito
Tá tudo bem, mesmo não tendo mais você aqui
Chorei na folha e sequei lágrimas com a caneta
Na sua gaveta guardo o pranto que já não me faz
A cauda do seu vestidão me lembra a de um cometa
Então prometa que nunca vai me deixar pra trás
Quando te vejo só consigo refazer o pedido
De amanhecer contigo alta me contando sonhos
E exigindo o direito de amanhecer comigo
Pra protegê-la de seus pesadelos mais medonhos

É que a voz da minha cabeça falou comigo
E me senti bonito como nunca me senti
Achei o caminho até o cais do porto mais tranquilo
Encontrei a paz quando você veio morar aqui
Coloquei prazo pra tornar minha meta concreta
Pra que tua neta mais esperta me chame de vô
Pedi perdão à Deus por ter me tornado poeta
Mas como ele só faz escolhas certas, recusou
Se for preciso compro a alforria do meu ego
Entrego o jogo como se já tivesse vencido
Porque o perigo mora na corrida do afeto
Onde quem corre certo sempre sai como perdido

E hoje a voz da minha cabeça entendeu o sentido
Das poesias que recito e falou pra mim
Que tenho escrito versos sobre onde o tempo nasce
E esquecido que o que nasce um dia vai ter fim
Paguei 200 flexões, de dez em dez
Ergui troféus que meu povo não conheceu antes
De minha canção morar entre gigantes decibéis
Tive o revés de plantar amor e colher diamantes
Perdi minha mãe em vida quando decidi vencer
Trabalhando nas folgas e estudando dobrado
Chegava à 01h a.m e ela estava dormindo
Saia às 04h a.m sem ela te acordado

É que hoje a voz da minha cabeça me achou sinistro
Tirei o visto pra pousar na África do Sul
O teu sorriso é o Tesouro Direto que invisto
Pra ver tua pele negra desfilar no céu azul
Pra nosso vôo teto e pra nossos netos cartas
Escritas num Melitta que nunca passou café
Pra que teu cheiro me acompanhe ate o final do dia
Forte, doce e quente, essa é minha mulher
Que malha quando quer os neurônios ou o glúteo
Fâ de cultura inúltil e Erasmo de Roterdâ
Que hoje me acordou com o cheiro do perfume Accord
E uma mordida doce e suculenta de maça

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Ingrata

Meu bem,
Você não reconheceria
teu anjo da guarda
nem que ele viesse
com um par de asas

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Escrevi essa atrás da cortininha do seu biquíni.

É que me escondi na cortininha do seu biquíni
Ela só queria limonada e cêis mostrando limousine
Perderam por falar muito e escutar pouco
Com essas cantadas pré-moldadas, mas amor forte é reboco
Ela quer uma aventura louca, eu sou aventureiro louco
Só tenho uma barraca amarela com uma porta-janela
Virada pra onde habita o maior sonho dela
Sou o maior sonho dela, mas a mantenho acordada
Mesmo ela sendo meu sonho, não quero dormir por nada
A madrugada é tão curta, nosso amor tão recente
Estou tão apaixonado, você é tão inteligente
Se de repente te perco, bate três vezes na madeira
É que nunca imaginei amar alguém dessa maneira

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Eu queria chamar de insegurança, mas não quero.

Hoje ela amanheceu nublada
Me ligou desesperada
Perguntando se ainda a amo
E se a quero como namorada

Como namorada é pouco, filha
Quero como mamãe das minhas crias
Para construir o futuro juntos
E subirmos ao altar um dia

Vou matar sua insegurança
Você é minha melhor lembrança
Você fica com a louça do almoço
Tudo bem, eu fico com as da janta

Canta a música que fez pra mim
Estou gravando um disco pra você
E se eles te fizeram chorar
Eu vim te fortalecer

Tu é o alicerce dos meus sonhos
Dos meus planos e conquistas
E olhando o teu corpo
Escrevi as linhas mais bonitas

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Ontem virei poesia

Ontem virei poesia, óbvio que foi sextilha
Hoje é sábado, amanhã é uma ilha
Cada traço é uma trilha
Sinto que meu olho brilha, já era.
Acaba de nascer outra filha.                                                       Mais uma.

As linhas de seu rosto são letras
Tua silhueta é estrofe
Teu coração é um planeta
Que cabe dentro d'um cofre

Seu riso é ditongo aberto
Seu abraço é um aperto
Sua estima é rima métrica
Seu sim, pra mim, é concerto.      Doce.

Conserta
Se fosse remédio
Seria antibiótico
Me traz doze horas de paz
Em meio ao mundo caótico

Eu metódico, você simpática
Eu estou ótimo, você está mágica.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Desesperada

Essa poesia veio da minha barriga
Aliás de um frio na barriga
-porque eu não tenho útero
Foi fecundada num coito
Às oito de um dia útil

Não era dia de sorte
Ele me pegou forte
Sem minha permissão

Na minha estima fez cortes
Quando me incluiu no corte
E me mostrou a demissão

Foi duro, com as palavras
Me trava, só de lembrar

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Amor é uma droga

Cêis tão caindo de amor?
O amor que sinto me ergue
Estou entregue, não minto
Absinto é uma droga leve
Experimenta usar um tinto
Com quem te ama e merece
Injeta ocitocina na veia
É aí que o estrago acontece

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Índia

Nosso beijo foi tão quente até o farol se abriu
Quem viu o nosso amor através do vidro acelerou o carro e partiu
O mundo já partiu meu coração, mas o toque da sua mão juntou
Agora é tudo no seu nome então vê se não some e passa em casa pra jantar comigo
E dormir comigo, ter filhos comigo que a cena de perigo já passou, agora é só amor
Índia amo teus cabelos nos ombros caídos, teu sorriso lindo e teu cheio doce no meu coberto

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Poesia Aberta...

Essa é uma poesia aberta, escancarada
Contém o dedinho de cada, pessoa amada
Que passou por mim, ficou em mim
Aqui contém minha melhor parte
E a pior parte de mim
Assim, contando gotas
Homens, garotas, mulheres, meninos
Beijos caninos, arranhões felinos
Tem os ditados que minha avó falou errado
E os tombos de moto do meu irmão
Aqui mora meu tio do culto
E minha tia da comunhão
Aqui tem a mão do menino da quitanda
Da menina que me olha da varanda
Da Luíza, da Laísa e da Fernanda
Tem o Nic, o Marcelo e o Mané
Tem o abraço do Vine, a piada do Dé
Tem bate-volta na praia, eu atrasado pro trabalho
Tem espeto de cachorro, tem o canto do canário
Tem minha casa de cenário, meu quarto de porto
O meu motivo pra viver e meu motivo pra estar morto
Estou contando as coisas importantes que já coloquei
Lembrando um milhão de coisas importantes que ainda não citei...