terça-feira, 27 de outubro de 2020
Cromada
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Sujeito de (quase) sorte
Os pesadelos que tenho acordado já são piores que os que tive dormindo
Minha hora tá vindo, só quero que lembrem de mim como um cara engraçado
Amo ver os teus olhos fechados no instante exato em que está sorrindo
O que me tirou do aperto nos últimos dias foi teu riso largo
O fardo que levo nem é tão pesado, isso me faz crer que sou fraco
Quebrado ao ponto de caco, mas é natural pra um vaso de barro
Do barro eu vim, do bairro que um vim a Esperança está no logradouro
Compram nossa fé com migalhas pra nos revendê-la a peso de ouro
Eu pago o preço, eu levo o peso, isso me faz crer que sou forte
Da escola que vim a falta de dinheiro machuca, o Real é nossa nota de corte
O telefone do céu é a oração, depressão é o momento em que chega um trote
Minha linha se quer tem chamado nos últimos dias, talvez seja sorte
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
Vaso
Há o abismo da insônia que poda galhos no talo
Todo pesadelo nasce sonho, medonho eu fico acordado
Garantindo que a insegurança não me pegue de olhos fechados
Onde nado à braçadas hoje, já foi o lado fundo do lago
O acaso não me protege sou herege num mundo sacro