segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Mal criado

Escutei
"NÃO" e
Padeci

Passou
o tempo e
agradeci

O que é meu
está aqui

O que não é,
entendo, nunca possui

Mas chorarei se perder
São ossos de quem tentou
Quem não tentou também é ossos
Então tente! Por amor...

Por favor não!
Nasci livre

 -Viva o Livrador!

Pra por pingo nos "i's"
Com grafite ou com gotas de licor

Saboreie as respostas que lhe são dadas
caso contrário suas perguntas hão de ser saboreadas

Temos paladar nos dedos
Nos olhos há audição
Não falo de onomatopeias
falo de ideias com visão

Separo a vida em
o que está acontecendo e o que não está

Ai deixo o tempo passar
pra que eu possa controlar
as coisas que mudam e as que continuam no lugar

Esse é meu poder
Palavriar os acontecimentos,
criar palavras incriáveis para os sentimentos.

Dicionários me odeiam
É recíproco e dobrado
Porque, ao contrário deles,
crio pra me manter atualizado

-Eles não criam!

Eu não legislo
Mas se fizesse
legislava a condição

De que pra odiar
Tinha que libertar a criação

Quem cria não odeia
Quem cria cria e ponto.
Quem cria é incrível!
Quem odeia está tonto...

Giro o mundo pro outro lado
Só pra voltar a ser verão
Não para destontear
 Quem usa mal a criação




Abelha

E diferente das garotas que gostam de flores
ela prefere árvores

Tem mares pra navegar
Estórias pra escrever
Histórias pra contar

Já foi LUA
e viu que
ESTRELAS mudam de lugar

Já foi Estrela
E viu
o SOL ir descansar

Já foi SOL
Ai aprendeu que
não é seu brilho que faz a LUA inspirar

Já foi POESIA
onde LUA, ESTRELAS E SOL
se encontram pra dançar

Ao som de notas
gasta solas
Ora, tente lhe explicar
De que existiriam solas
Se não fossem pra gastar?

E ela gasta,
um par, dois, três pares
quantos for!
É quando nota
que a nona musical é o amor

Doce e Delicada
como bala de canhão

Em utopias onde tudo o que ela toca vem ao chão

Mas...
Hoje não!

Hoje é abelha
colo materno
e vida

Numa terra onde o MEL
cicatriza nossas feridas

Ela é rainha antes de abelha

É sono, cobertor e som de chuva na telha...


Bom papo

Chega de falar de mim e vamos falar sobre eu!

§3

FIQUE SÃO!

§2

P _ O _ _ E M A

sábado, 16 de agosto de 2014

Fenda

Dramáticas regras gramaticais
Não entenderam que amo ela
E colocaram uma tarja preta
Na minha faixa amarela
A pendurei, com cordas de violão
O que violou a canção,
como quando cantei sem razão
E daí? Era paixão
E isso é igual hiato
Acha que pode esconder?

Não!

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Por ato

Primeiro ato...

A Rainha abre a porta
Era uma vez qualquer história
Fim do sono de beleza,
que vem à mesa.
Certeza ilusória

Batuque com miocárdio
Infarto com percussão
Ela triste
Ele insiste
Ela resiste e diz que não

Ela não vê o amor patético,
só está mal instruída.
Rita Lee é um livro,
de uma poesia
e que não devia ser lida

Ela leu pra ostentar
a liberdade que não tem,
agora chora,
Ora quer alguém pra amar
e não tem ninguém...

-Finge que tem!

Ele tem o mundo no coração...
E o coração em um retrato
de seu vô e seu irmão

"Devia ser Dois Mil e Quatro"

Linda voltemos ao fatos
Aos sapatos da Rainha que,
em silêncio,
invadiram o quarto da princesinha
Ai um susto
Uma linha
um Príncipe robusto e
um jornal

aberto na página que tratava sobre Terapia de Casal

O Príncipe chora,
ela quer ir embora
(Mesmo estando em "seu" Castelo)

Ela alega ser Natasha
Não com "Chis" de Bruxa ou
com "Cêagá" de bolacha

Natasha

A linha racha o quarto ao meio
Dividindo as coisas dela
Ele vai ficar com tudo
Ela vai ficar com a janela
Vai saltar...

Faz a platéia delirar
E o espetáculo revive...

E os espectadores entenderam
A vida é salto em queda livre...

O segundo ato, vem após seu salto!

...salte...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Jorra límpida, sacia.

"Ela encontrará a porta pra vigésima quinta hora,
no fim da última linha onde a rainha vigora"
Seu cachorro aprende
Um balde rende
Enfim ela entende
Que ele é igual ao que ela julgou ser diferente.

Paciente para tê-la
De enfermeira quem o dera
Ou de poetisa, professora de outra matéria.

Ele espera
Ela impera
Ele escreve
Ela altera

Ele é Inverno e Verão
Ela é Outono e Primavera

Alternam
Para o bem da humanidade
E deixam migalhas 
No caminho da felicidade
Pausa pra ela

     -Kush
      A faz feliz
      Ri do que ele diz
      Ignora a prosa, pensa e
      Na mesma hora volta curiosa
      Agora pausa pra ele

[...]

Não que ele seja um bobo contente
Mas também não que não seja
É que pra ele o tempo passa diferente
Veja...

Tempo é letra
Já que dele jorra o que a sacia
Ela teme morrer de sede se ele parar um dia

Ele promete
Ela-finge que- acredita e continua

Ele escreve pro Astro Rei
Ela é intérprete da Lua 

Flertam a cada farpa trocada

Ele é "padê burrê"
Ela é rima improvisada

Pra encerrar o conto
Conto uma que começa agora
   "A Rainha abre a porta, era uma vez qualquer história..."

[To be continued...]

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Um sinal pra rima toda

Sou poesia escrita no verso da conta pelo talento
de quem não quis pagar os 10%

Sou o lamento, o pranto

O aquecimento e o canto da torcida do Flamengo
quando o Vasco está ganhando.

Não cochila não!
Sou o cochilo de cinco minutos que te faz perder a condução.

Não tema não

Eu acredito que o lugar mais perigoso do mundo seja o vão entre o trem e a plataforma.

PS: Quando eu superar falo mais sobre isso

Ego Ativista

Não li nenhum livro até o final
Faço questão de não ler

Até escutei o final, das minhas canções favoritas

escutei mas não concordei,
e as reescrevi mais bonitas.

Que me agrade a arte minha
meu espírito se presenteia
e desperta o poeta
que dorme na minha veia

Sou chato por ser, mas nem sempre sou eu mesmo.

Pretérito Perfeito

Ela riu de tanto chorar

Colocando no balanço

Pra cada dúvida inteira é uma certeza meia.

É gritante.

É gritante.
O contato com a instituição financeira, limitando o sentido das palavras, é cada vez mais rápido e simples... a não ser que você queira fechar sua conta.

Sou livre para ir até onde minhas algemas permitem

Máxima Primeira

Você não recebe pelo seu trabalho o quanto ele realmente vale, e nem paga o quanto tudo que compras realmente custa.
Não que sejam problemas. São interesses.
Mas observar outras questões rotineiras a partir dessa perspectiva evitaria grande parte dos conflitos sociais.

(Já escrevo essa tendo-a superado)