Meu EU TE AMO é grande demais para suas aspas
Mas desistir de você seria desistir da minha metade boa
Será que você não se toca que quando eu te toco nossos corpos trocam?
Se eu fosse você parava de fazer jogo duro, estou te dando mole garota
E toda sorte do mundo é pouca, pra que nessas escadas da vida
Minha boca torne a escalar tua boca
O seu agudo, pontiagudo, estourou meu ego inflado
Meu ponto de referência, hoje, é o seu make borrado
Coisa de quem tem dois lados
O de dentro e o de fora, que quase não existe de tão apertado
Eu realmente trago todos os problemas do mundo pro travesseiro
Mas não são nada que não se perca quando seguro nos seus cabelos
Minha razão é profunda
Sua emoção é rasa
E a porta da minha casa
Já sente saudades suas
Meus dedos digitam teu número
Meu prazer é efêmero
Meu despertar é retrógrado
Meu livro é um filme sem gênero
Meu peito livre é enfermo
Minha poesia é um termo
Meu barco odeia meu remo
Meu verso vive num dreno
Enfim, tudo vai bem por aqui, e aquela sua mensagem, eu li
Chorei, me afoguei em lágrimas, sorri e ai respondi
Se eu fosse a Ave Fênix
Morreria água do mar
Só para nascer novamente
Sempre que você chorar
Talvez não pela minha morte
Seria egoísmo bruto
Mas vamos mudar de assunto
Que juntos vamos à Marte
Então fique até mais tarde
Que lhe mostrarei meu início
Compus essa com Vinícius
Para que talvez um dia
Como faço imaginar
Por descuido, ou poesia
Você goste de ficar
E aquela rosa roubada, que lhe dei e tu esqueceu
Mora junto ao bilhete que teu lápis, de olho, escreveu
Aposentei o teu livro, que nem terminei de ler
Era um tal plano de ataque, pra quem só fez defender
E se quer mesmo saber, não existe amor vão
Tudo é complementar, minha seresta e seu serão
No meu peito há uma fresta
Que as vezes vaza poesia
E assim, tudo que me resta
É o amor que perdi um dia
E olha só meu pessimismo
Jantando o que componho
Mas pobre é quem não tem sonho
E sei que estou nos teus
Essa noite falei com Deus
Só pra mudar o sentido
É que ele sempre tem dito
Pra eu dizer o que omito
Não minto, é que aqui não cabe
Mas tolo eu sei que seria
Se ousasse mentir um dia
A quem pergunta o que sabe
Sempre o escutei quieto
Meu dialeto é o silêncio
Mas quando falo o que penso
Perdões alagam meu lago
Amar nunca foi pecado
Meus graves são suas chaves
Abrem teu corpo fechado
Entrega-te ao meu afago
Quando giro a maçaneta
Escorre da minha caneta
Algo que insiste escrever
Nas curvas da tua silhueta
O que me avermelha dizer
Seria fugir do tema
É que meu teorema inunda
Já são cento e vinte partes
E essa ainda é a segunda
Mas findo e nisso sou bom
Dom de quem trata a eternidade
Pra compor em demasia
Poesias até mais tarde