Mastigado

E se eu correr pro norte
Você abre a porta se eu voltar mais forte
Independente do que você já nem sente por mim
Que pergunta devo fazer pra você responder que "Sim"?
Capim Santo nunca nos representou
Papoula sim, nosso amor foi louco, nega, a gente chapou, enfim.
Gravei teu nome em cada linha dessa letra
Aliás, em cada linha que hoje sai da minha caneta ou bem mais
É que ainda não escrevo cada poesia que penso
Mas escrevo pra ficar leve e ver o verso virar neve de tão denso
Então faz seu último carinho, pega o caminho da porta
Que eu vou deixar destrancada, vai que um dia você volta
Anota ai: É música que me move
              A Vida é só uma escola
              Amor é a Prova dos Nove

Hidroavião

Cada gota de chuva
Lembra um riso teu
E hoje nem choveu
Acho que o problema é todo meu

Que lembro de você em tudo
Sabe, é absurdo
"absurdo" é palavra sua
Te lembrei de novo

E pelas ruas que me movo
Cruzo com teu rosto, com teu corpo, com teu cheiro
Com tua silhueta, com o teu cabelo
Nunca com você, apesar de querer

O acaso me protege, ando distraído (Tua música)
Mas pra te prender andei desprotegido em vão
O lar de um avião é o céu, eu sou Mar (cos)
Vem me navegar, hidroavião

Pega na minha mão. Não!
Não serei tão clichê
Graças à você tão cheia de graça
E cheia de querer

Me pega depois da aula
Passa na minha casa
Pra eu fazer as malas
Voar em tuas asas

Sem saber o destino
Já não sou menino
Quero ser teu ninho
Me mostra o caminho

Deixa eu te fazer?
Lógico que quero
Sou chei'de querer
Puxei pra você

§ 10

Ela deixou
                 Eu dei show!

Bolo Gelado

E você me deu tanto bolo

Que resolvi te dar um gelo

Pra que esse ano mesmo

Eu vire seu namorado

Já que tanto te desejo

E amo bolo gelado

Rima que não é poesia

É que ela me chamou pra um banho e o chuveiro deu choque
Segurei no teu coque e vi a sorte em minha mão
Sentindo sua respiração quente e a gente em um banho que lavava nosso coração
Escrevi essa rima na marquinha do biquíni da menina
Gostando da tua mão fria no meu peito, eu sem jeito só sentia e não falava
Mulher boa como a água ia toda no meu corpo pouco a pouco
Eu que sempre fui bem louco nesse dia estava são
São Marcos mas meu sobrenome é pecado
Em pé, gostando dobrado, boca seca, pé molhado
E só pensava: -Diacho, essa garota é um furacão, no oceano, e um terremoto no ar.
                     É um maremoto no mar, redundância de verdade é eu voltar pra afirmar
                     Que ela me deixou sem ar e com medo de me afogar.

E se no banho a gente peca
Com a toalha a gente seca
É um pecado não pecar...
Agora deixe ela me banhar!