quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Eu sou Hungria

Minha mãe dança, meu pai viaja
Eu guardo numa caixa, cada lembrança
E com a tampa da caixa, fiz uma rampa
Pra subir estimas e cabeças baixas

Meu pai viaja, minha mãe dança
Subi na tampa da caixa, pra ver além
Escrevi "Procura-se Amor", naquela faixa
E depois de um tempo, achei ninguém

É que meu pai lê livros, pela metade
É que minha mãe chora, antes do fim
Mas o problema se....ria se eu
Não herdasse tudo isso pra mim

É que minha mãe escreve, com lápis branco
Pra que as letras livres, encham de cor
A capa do diário, santo e secreto
Onde meu pai, esperto, chama-se Amor

É que eu virei começo, no meio deles
Como a pomba entre a Peristeria
Sou filho do ventre, de uma orquídea
Meu pai é o vento, eu sou Hungria

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