segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Sujeito de (quase) sorte

 Os pesadelos que tenho acordado já são piores que os que tive dormindo

Minha hora tá vindo, só quero que lembrem de mim como um cara engraçado

Amo ver os teus olhos fechados no instante exato em que está sorrindo

O que me tirou do aperto nos últimos dias foi teu riso largo

O fardo que levo nem é tão pesado, isso me faz crer que sou fraco

Quebrado ao ponto de caco, mas é natural pra um vaso de barro

Do barro eu vim, do bairro que um vim a Esperança está no logradouro

Compram nossa fé com migalhas pra nos revendê-la a peso de ouro

Eu pago o preço, eu levo o peso, isso me faz crer que sou forte

Da escola que vim a falta de dinheiro machuca, o Real é nossa nota de corte

O telefone do céu é a oração, depressão é o momento em que chega um trote

Minha linha se quer tem chamado nos últimos dias, talvez seja sorte


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