"Vinho do meio, mel de baixo, azeite de cima"
Para quem se atreva pisar
Só peço que desajeite
Não deixe-o como está
Se quiser deitar, que deite
deleite, podes valsar
Meu peito é um tapete
Não deixe-o como está
Manche-o e faça de enfeite
Decoro, adorno ao teu lar
Afinal se é tapete
Respeite, é pra amarfanhar
O que meu peito propor, aceite
Rejeite se ele enrolar
E assim como bom azeite
O de cima é o bom de provar
Do meio, prove do vinho
De baixo, o puro mel
Meu peito é um tapete
de coro de cascavel
Meu bote é teu arrepio
Certeiro, fino e letal
Onde o sapato de cristal
Que se perdeu não cobriu
Onde teu pé está agora?
Mordida minha retalha
É o frio do fio da navalha
No calcanhar de Natália
Mas meu veneno é agridoce
Meu peito é uma ilha
Há quem enxergue tapete
Há quem caia na armadilha
Disponível em 18/01/2015. 23h41 Dreamstime |
Nenhum comentário:
Postar um comentário