Tem seu DNA nos ossos do meu coração
Em destroços não, em pedaços pequenos
pra que caibam na tua oração
Lembra o plano que escrevi
no estrado da tua cama que quebrava
Eu escrevia e te cantava, você lia e me falava o verso todo
De trás pra frente, ato consciente e jovem louco
Apanhei da música
Em praça pública
Expus minha cabeça
Pisquei pra privacidade
Gentileza é gentileza
Minha verdade é a mesa
Minha vaidade é a dança
Embriaguez, minha natureza
E quando tombo é lembrança
eu não sou nada...
Além de um dolorido em meio a métrica
Retrato analgésico
Rima psicodélica
Não caberá perdão no meu caixão
O vão é curto e meu surto é reação
De quem tem DNA alheio em meio
aos ossos do réu coração
Um tanto quanto nada e aposto tudo
Suas fotos dariam um filme,
Mas seria um crime
Afinal, nem todo cinema é mudo
Cante,
Que o João garante o numeral
Me deixe escrever poesias
Nas linhas do seu varal...
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