segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Do batuque tamborete

Triste é ver as luzes de Natal e lembrar de ti
Ver teu nome tatuado nessas linhas que escrevi
E "Vai me desculpar"
Se a labuta que escolhi ainda faz te incomodar
Como quando eu criava fantasias sobre Hungrias
Que hoje em dia já não morariam naquele lugar
Ainda falo com meu ego e perco
Afirmo a ordem do fator altera a qualidade do esterco

E minhas linhas quando falam te cativam
Mas como colateral efeito elas me privam
Prezo a falta de preza em meio ao coquetel
Escrevo em taças algo sobre o cinza azulado do céu
Minha lembrança é um Corcel verde
Uma rede, um tamborete
Uma faca entre o caibro e o telhado
E um cheiro de presente como coeficiente do passado

Estou escrito e o que você tinha dito está anotado
Em qualquer página de um caderno que está guardado
Bem pertinho do que eu mostrarei para teus bisnetos
Serão dupla e hoje recebia notícia que estão fetos
Os guardarei umas semanas por afeto e decisão
Se eu acaricio o mundo, ou se o mundo afaga minha mão
Por não fazer distinção e chamar promiscuidade
Um dia eu volto marcando seus batons com minha saudade


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