quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Externa Cadente

Sobre pontes de rios poluídos
Indivíduos andam divididos
O conforto merecido
O carinho merecido
Aqui foram esquecidos
E hoje o que toca a mente
Dificilmente acaricia os ouvidos
Ontem me senti perdido
Caminhei, caminhei
Caminhei sem ter destino
Então fiquemos intendidos
Esse tédio pegajoso
Que rouba teu travesseiro
É corajoso e corriqueiro
E a moça da voz mansa
Olha pra mim e dança

Eu boto um pé na frente
O outro passa rente, eu sigo
Minha depressão
Só me lembra teu umbigo
Componho com teu nome entrelinhas
E tuas estrelinhas
Deveriam ser só minhas
Noite fina chuva escura
Tanto bate até que fura
Chego perto, faço o certo
Não flerto com a censura
É minha cura, sara
Fecha minha cara é briga
Toco meu melhor
Que hoje mora na tua barriga

Doce ventre eu me encanto
Peço que Nossa Senhora
cubra com teu manto
Se eu não demonstrasse ou sentisse
Linda seria tolice
Eu passo fazes
Faço pazes
E se o Valete virar Rei
Ainda escondo os Ázes
Minha manga é funda
E aqui na Barra-Funda é o que preciso
Conto bandas, canto sambas
E contabilizo Amandas e Helenas
Soluciono mais de vinte por cento dos problemas
Minha parcela é sela pro jubáio
De Jorge pra Raul
Ligo e aviso Carolina,
Estou na linha nove, e é Grajaú.

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