segunda-feira, 6 de julho de 2015

Garapa Escrita

Contrário ao compondo estou
Cenário nesse chulo ser pra é

Desnecessário, pois é
Escapulário não fundamenta minha fé

Eu já nem sei se minha fé, na jornada
Movimenta a montanha,
ou se a falta de fé da montanha a mantém parada

Tire minhas cicatrizes e eu não sou nada
Tire o alter ego da Fera
E volte à Era da Pedra Lascada

Cada poema é uma unha encravada
E suas linhas são palmilhas de Vinil
Que as mantém apertadas

Eu sou o verso que nasce letra e morre desenho
Implora socorro!
*É que "Morro" é verbo de onde venho

Componho Cachaça de Engenho, Garapa Escrita
Doce melado na boca, embriaguez que recita.

*Trecho inspirado da obra de Allan Dias Castro

Nenhum comentário:

Postar um comentário