quinta-feira, 14 de maio de 2015

"Que sua arma atire flores"

Meu coração não cabe no teu mundo
Por muitas vezes me confundo 
e deixo a poesia me escrever em verso
No meu sonho te seco e te inundo 
Com um poema oriundo 
de onde se nasce flor e morre-se botão, 
é um serão inverso

Teu perdão enterrei no sal grosso
Daqui pra frente viveremos a Guerra Nupcial
E se insiste em beber do poço, que seca
Não hei de condenar quem peca
antes de afogar-se nesse sal

Uma sesmaria separa os dois lados do meu peito
Contudo, deito e sinto Anjos se afogando em mim
E se compondo encontro respeito
Crivo em meu leito um memorando
Agradecendo a cada Querubim

Ao contrário de você
Comecei a morrer no dia em que nasci
Até que li João e entendi a preposição do filho
Essa canção é arma  na minha mão
mas, pela salvação, eu a desengatilho.

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