terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Até Sábado...

Sim, eu já não posso mais beijar sua boca
Mas isso não me parece um real problema
Você ainda é amante dos meus poemas
E lembra de nós quando seu filme favorito chega "naquela" cena

É, e é naquela cena que você lembra
O quão entregue eu estava
O quanto a gente se amava
E como eu ficava alegre quando você se deitava
E me dava todos os motivos do mundo
Pra quebrar todas as regras

Nossa relação é quebra!
De paradigma e de preconceito
Mas, com todo o respeito
A mentira é meu melhor defeito

Te escrevi nas entrelinhas de poesias minhas
Dedicadas aos amores que eu já havia vivido
Sussurrei no seu ouvido o poema favorito
De uma outra garota que beijou a minha boca
Quando eu se quer havia te conhecido

Você gostou
Eu gostei

Inventei que foi inédito
Fiquei com todo o crédito
E nos amamos por mérito
Em um sexo poético
Com força de um exército
Mas cenários hipotéticos
Transformam amores
de uma vida inteira em algo patético

Céticos
Queriam cruzes pras nossas crianças
Nós queríamos alianças,
casas com janelas grandes,
quintais com balança

Tracei na sua sobrancelha
Meu plano de ação
De sua lingerie vermelha
Extraí inspiração
Construí um lar sem telhas
Pra dormir constelação
E acordar entre estrelas
Ouvindo sua respiração

Nenhum comentário:

Postar um comentário